A colaboração entre docentes e bibliotecários
A explosão informacional e os avanços tecnológicos têm exigido dos educadores que atuem colaborativamente para possibilitar aprendizagens diversificadas e significativas aos discentes. No rol destes educadores estão os docentes e os bibliotecários. Contudo, a colaboração não é uma prática simples de se efetivar. Ela exige que docentes e bibliotecários que eles tenham objetivos em comum, partilhem suas percepções e entendimentos, estabeleçam um ambiente de respeito e confiança mútuos, tenham ciência dos valores agregados a ela e justifiquem sua atuação colaborativa. Além disso, é essencial que eles se sintam seguros quanto à real validade de seus saberes e habilidades para que a parceria alcance êxito. É preciso entender, entretanto, que não haverá colaboração se ela não for espontânea, convicta, consciente e reconhecida com igual importância por todos os envolvidos em seu processo.
O trabalho colaborativo não exige que todos atuem de maneira exatamente igual. Cada um vai interagir naquilo que sabe que pode contribuir efetivamente e para o qual se sente preparado. Esse trabalho demanda sim, que todos tenham espaço igual para participar das decisões. Na colaboração não podem existir interações demarcadas por disputas de poder. É enorme o potencial que a colaboração entre docentes e bibliotecários tem de trazer inovações pois em suas práticas se pode combinar o melhor de cada um desses pares. Todavia, para se tornar uma cultura dentro do contexto das instituições, a prática colaborativa entre docentes e bibliotecários aponta que eles primeiramente rompam com o isolamento no qual atuam.
Nas instituições de ensino onde a colaboração é cultivada entre os educadores trabalha-se duro, contando-se com o empenho, dedicação, responsabilidade e o sentimento de orgulho e pertença de todos e com isso as possibilidades de êxito são ampliadas consideravelmente. Portanto, para se promover o trabalho colaborativo entre docentes e bibliotecários nas instituições de ensino é preciso que se busque compreender de fato o que é a cultura colaborativa integral, o que ela demanda e o que pode oferecer, partindo-se do princípio de que se objetiva realmente implementá-la. Essa compreensão permitirá que se saiba diferenciar as concepções e práticas verdadeiramente colaborativas daquelas que apenas se assemelham a elas e que sendo assim não trarão os resultados desejados. Deve-se buscar conhecê-la cada vez mais para fomentá-la visando-se a sua continuidade.
A maior vantagem da colaboração entre docentes e bibliotecários reside na possibilidade que ela traz para os discentes de terem contato com recursos, opiniões e estilos de ensino e de comunicação diversificados, o que pode lhes proporcionar experiências enriquecedoras que certamente contribuirão para o aprimoramento de sua aprendizagem. Além disso, os discentes ao perceberem o empenho dos docentes e bibliotecários em trabalhar em conjunto para favorecê-los podem passar a valorizar essa atitude, agindo também colaborativamente de modo que todos possam ser beneficiados. A colaboração entre os docentes e bibliotecários favorece a criatividade, a diversidade e consequentemente a aprendizagem. Contudo, para a eficácia da colaboração, é necessário também que docentes e bibliotecários passem por um processo de construção individual. O êxito na coletividade passa pelo bom preparo na individualidade.
Assim, pode-se depreender que a colaboração entre docentes e bibliotecários possibilita práticas reflexivas que vão favorecer a aprendizagem, a investigação, a busca por soluções, a troca de saberes, a superação de conflitos, pois propicia a aquisição e construção de novas percepções, novos conhecimentos e de novas relações de todos consigo mesmos e com os outros. A colaboração favorece o aumento do nível de comprometimento dos envolvidos no processo de ensino e aprendizagem com o projeto educativo da instituição.
Logo, a colaboração entre docentes e bibliotecários, na argumentação de todos os teóricos que trataram e tratam do tema, é uma relação de trabalho que precisa evoluir, do individual para o coletivo, e que isso não só é possível como desejável e imprescindível, para que o ensino e a aprendizagem sejam favorecidos plenamente, ou seja, educadores e discentes poderão vivenciar experiências mais reflexivas e significativas que transformarão suas vidas pessoais e profissionais.